O Dia em que Andei de Skate na Cracolândia: Uma Aventura Urbana em São Paulo
Por Digo Serrão
Se tem uma coisa que São Paulo me ensinou é que a cidade é uma verdadeira aula de vida e improviso. E uma das lições mais loucas que tive foi o dia em que decidir andar de skate… na Cracolândia. Sim, você está certo. Um erro de percurso, uma dose extra de coragem (ou será que foi de loucura?) e lá estava eu, deslizando pelo território mais sinistro do centro paulistano.
A Decisão que Mudou o Rumo da Rota
Tudo começou com aquele típico papo: “Bora dar um rolê de skate pelo centro? Ver uns picos diferentes e tal?” Pois bem, tive a ideia com a empolgação de quem acha que tudo vai dar certo, afinal, era só um passeio rápido. Não tinha como dar errado, né?
Chegamos ao centro e, de repente, eu vi desviando de coisas mais perigosas que obstáculos de skate — de um morador de rua empolgadíssimo em mim dar “dicas de manobra” até um carrinho de supermercado cheio de garrafas de vidro. O coração acelerou e o GPS mental me avisou: “Destino incerto. Redobre sua atenção.”
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Rolê Turbinado com Adrenalina e um Pouquinho de Medo
Andar de skate na Cracolândia é como participar de um esporte radical que ninguém pediu. Tem gente gritando, cachorro correndo do nada, cheiro de fumaça que não se sabe de onde vem… É tipo um “GTA” da vida real, mas sem a chance de reiniciar o jogo se tudo der ruim.
Num dado momento, encarei o cara mais suspeito do pedaço, que olhou pra mim e disse: “É isso aí, garoto! Manda ollie! Quase obedeci, mas fiquei com receio de que, na aterrissagem, minha prancha fosse embora com ele e eu ficasse de souvenir por ali.
Amigos Improváveis e Conversas Inusitadas
Confesso que fiquei surpreso com o nível de interação. Uma moça até mim parou pra perguntar onde eu tinha comprado meu skate, enquanto um outro indivíduo muito “empolgado” insistiu em me ensinar o que ele chamava de “a melhor técnica pra dropar na ladeira”. Spoiler: não tentei.
Ali, cada canto parecia um capítulo de “Cidade dos Homens”, e, apesar do cenário, foi descoberto pelo respeito dos habitantes locais. Afinal, São Paulo tem isso: onde você menos espera, acabando por encontrar pessoas que compartilham uma risada ou uma história de vida, independente do contexto.
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Finalizando a Aventura com uma Pitada de Sabedoria
Quando finalmente saí da Cracolândia inteiro e com o skate na mão, me senti numa mistura de Indiana Jones e atleta olímpico sobrevivente. Foi uma aventura que me ensinou muito mais sobre a cidade e sobre como a gente deve respeitar cada canto dela. E, claro, uma lição valiosa: da próxima vez, talvez eu escolha um lugar mais calmo, como o parque do Ibirapuera.
Então, se um dia te der a ideia de andar de skate pela Cracolândia, pense bem. Pode ser uma história engraçada para contar depois, mas tem que estar com os joelhos (ea coragem) preparados para o que São Paulo tem a oferecer.
Até a próxima aventura!
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